quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Um búfalo em mim...


Clarisse Lispector



O conto "O Búfalo" me fez pensar em mim. A linguagem é altamente sinestésica, faz você confundir visão, olfato, tato...


Eis alguns trechos:



Mas era primavera. Até o leão lambeu a testa glabra da leoa. Os dois animais louros. A mulher desviou os olhos da jaula, onde só o cheiro quente lembrava a carnificina que ela viera buscar no Jardim Zoológico. Depois o leão passeou enjubado e tranqüilo, e a leoa lentamente reconstituiu sobre as patas estendidas a cabeça de uma esfinge. "Mas isso é amor, é amor de novo", revoltou-se a mulher tentando encontrar-se com o próprio ódio mas era primavera e dois leões se tinham amado.
...
Mas era primavera, e, apertando o punho no casaco, ela mataria aqueles macacos em levitação pela jaula, macacos felizes como ervas, macacos se entrepulando suaves, a macaca com olhar resignado de amor, e a outra macaca dando de mamar. Ela os mataria com quinze secas balas: os dentes da mulher se apertavam até o maxilar doer. A nudez dos macacos. O mundo que não via perigo em ser nu. Ela mataria a nudez dos macacos. Um macaco também a olhou segurando as grades, os braços descarnados abertos em crucifixo, o peito pelado exposto sem orgulho. Mas não era o peito que ela mataria, era entre os olhos do macaco que ela mataria, era entre aqueles olhos que a olhavam sem pestanejar. De repente a mulher desviou o rosto: é que os olhos do macaco tinham um véu branco gelatinoso cobrindo a pupila, nos olhos a doçura da doença, era um macaco velho – a mulher desviou o rosto, trancando entre os dentes o sentimento que ela não viera buscar, apressou os passos, ainda voltou a cabeça espantada para o macaco de braços abertos: ele continuava a olhar para a frente: “Oh não, não isso”, pensou. E enquanto fugia, disse: “Deus, me ensine somente a odiar”.
“Eu te odeio”, disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. “Eu te odeio”, disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia.
...
Onde aprender a odiar para não morrer de amor? Com quem? O jundo de primavera, o mundo das bestas que na primavera se cristianizam em patas que arranham mas não dói...
...
No peito que só sabia resignar-se, que só sabia suportar, só sabia pedir perdão, só sabia perdoar, que só aprendera a ter a doçura da infelicidade, e só a prendera a amar, amar, amar. Imaginar que talvez nunca experimentasse o odeio de que sempre fora feito o seu perdão, fez seu coração gemer sem pudor, ela começou a andar tão depressa que parecia ter encontrado um súbito destino. Quase corria, os sapatos a desequilibravam, e davam-lhe uma fragilidade de corpo que de novo a reduzia a fêmea presa, os passos tomaram mecanicamente o desespero implorante dos delicados, ela que não passava de uma delicada.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Toda forma de amor


Falar de amor é sempre bom... Como canta Lulu Santos, "consideramos justa toda forma de amor". Então, aproveito para dizer aos meus amigos de verdade (não preciso citar nomes agora, pois eles sabem quem são) que os amo e não tenho vergonha de dizer isso a cada um deles.


Amo!

Amo a vida, apesar de alguns momentos de tristeza.

Amo minha família, apesar dos atritos.

Amo os amigos, apesar dos sumiços.

Amo minha profissão, apesar de saber quão difícil está o mercado de trabalho.

Amo o sol, o mar, a praia.

Amo a lua, o luar e o sereno.

Amo, amo, amo, amo!

Estou, ou melhor, sou cheia de amor para dar!


Toda forma de amor (A letra é linda!)
Lulu Santos

Eu não pedi pra nascer

Eu não nasci pra perder

Nem vou sobrar de vítimadas circunstâncias

Eu tô plugado na vida

Eu tô curando a ferida

Às vezes eu me sintouma mola encolhida

Você é bem como eu

Conhece o que é ser assim

Só que dessa história ninguém sabe o fim

Você não leva pra casa

E só traz o que quer

Eu ou teu homem

Você é minha mulher

E a gente vive junto

E a gente se dá bem

Não desejamos mal a quase ninguém

E a gente vai à luta

E conhece a dor

Consideramos justa toda forma de amor

Eu não pedi pra nascer

Eu não nasci pra perder

Nem vou sobrar de vítima das circunstâncias

Você não leva pra casa

E só traz o que quer

Eu sou teu homem

Você é minha mulher

E a gente vive junto

E a gente se dá bem

Não desejamos mal a quase ninguém

E a gente vai à luta e conhece a dor

Consideramos justa toda forma de amor

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

E por falar em Skank...

Formato Mínimo

Composição: Samuel Rosa - Rodrigo F. Leão

Começou de súbito
A festa estava mesmo ótima
Ela procurava um príncipe
Ele procurava a próxima
Ele reparou nos óculos
Ela reparou nas vírgulas
Ele ofereceu-lhe um ácido
E ela achou aquilo o máximo
Os lábios se tocaram ásperos
Em beijos de tirar o fôlego
Tímidos, transaram trôpegos
E ávidos, gozaram rápido
Ele procurava álibis
Ela flutuava lépida
Ele sucumbia ao pânico
E ela descansava lívida
O medo redigiu-se ínfimo
E ele percebeu a dádiva
Declarou-se dela, o súdito
Desenhou-se a história trágica
Ele, enfim, dormiu apático
Na noite segredosa e cálida
Ela despertou-se tímida
Feita do desejo, a vítima
Fugiu dali tão rápido
Caminhando passos tétricos
Amor em sua mente épico
Transformado em jogo cínico
Para ele, uma transa típica
O amor em seu formato mínimo
O corpo se expressando clínico
Da triste solidão, a rúbrica

Pra recordar, relaxar e ser feliz...



Ouvindo Skank para relaxar... De baladas a um som mais pesado, é impressionante como os caras de Minas conseguem agradar. Para mim, o momento que mais prova isso ainda está na minha mente.


Era Festival de Verão (não lembro de que ano... talvez 2004 ou 2005), o Skank tocando e a arena lotada. Daí, todo mundo resolveu ouvir as ordens do Samuel Rosa: os homens (e algumas mulheres) tiraram suas camisas e as rodaram como hélices de um helicóptero. Esta foi a peça-chave. Enquanto a galera agitava as camisas sob o agito da banda, uma aeronave veio conferir a agitação bem de pertinho. O resultado? Uma filmagem linda, um colorido inebriante que até hoje passa como um filme.


E por falar em relaxar, assim a lembrança do Festival e os CDs, recordar alguns momentos é sentir prazer duplamente. Sentir prazer é ficar feliz relaxar: boas lembranças nos deixam assim.


O primeiro salário, o primeiro dia de aula na faculdade, a apresentação da monografia e a formatura, a entrada no mercado de trabalho... encontros fenomenais com amigos, com a família, uma viagem deliciosa a Natal, é tanta coisa boa para recordar... Sinto-me feliz! Sei que muita água ainda vai rolar, e eu realmente quero que isso aconteça!

Pode parecer ilusão, mas ainda quero me sentir completamente feliz!


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cuidando bem de mim



Hoje já nem ouço muito Vander Lee, mas me curvo a uma música divina. "Meu Jardim" diz tudo o que eu quero e tenho procurado fazer. Ela fala de renovação, de pensar a vida e refazer os caminhos. Não ouço esta canção com ouvidos de tristeza, de frustração, e, sim, com a expectativa de ver os horizontes se abrirem, ver a vida melhorar e ser ainda mais feliz. Porque a verdadev é que eu sou feliz!



Leiam a letra:

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardimEstou cuidando bem de mim


domingo, 15 de novembro de 2009

Em tempos de mudança, de fazer alguma coisa: DO IT


Faca alguma coisa, mas
mude a sua realidade!
Eu estou tentando...








Do It
Lenine

Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...
Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...
Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...
Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...
Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...
Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eu sou feita do resto de estrelas...





Concordo com André: não sei para que existem tantas classificações... de cor, raça, classe. No fundo, todos somos iguais e serviremos de comida para baratas, traças e bichos afins, dos quais, em vida, morremos de medo e de nojo.

Lembrei disso ao ouvir uma música de Lenine, pois somos de raiz porguesas, índia e africana... Nem vale dizer branco, "moreno" ou negro. O que vale não é a cor, é o amor que a gente leva no coração e a forma como a gente leva a vida. Então, eu sou colorida... e fui feita da matéria do universo! E pela relação de amor à terra, à natureza, confesso que gostaria de ser índia, uma índia de verdade!


Bebo Lenine, enquanto os VIPs bebem álcool no show ao vivo desse adorável músico, em Praia do Forte!
Tubi Tupy

Eu sou feito de restos de estrelas
Como o corvo, o carvalho e o carvão
As sementes nasceram das cinzas
De uma delas depois da explosão
Sou o índio da estrela veloz e brilhante
O que é forte como o jabuti
O de antes de agora em diante
E o distante galáxias daqui
Canibal tropical, qual o pau
Que dá nome à nação, renasci
Natural, analógico e digital
Libertado astronauta tupi
Eu sou feito do resto de estrelas
Daquelas primeiras, depois da explosão,
Sou semente nascendo das cinzas
Sou o corvo, o carvalho, o carvão
O meu nome é Tupy Gaykuru
Meu nome é Peri
De Ceci
Eu sou neto de Caramuru
Sou Galdino, Juruna e Raoni
E no Cosmos de onde eu vim
Com a imagem do caos
Me projeto futuro sem fim
Pelo espaço num tour sideral
Minhas roupas estampam em cores
A beleza do caos atual
As misérias e mil esplendores
Do planeta de Neanderthal

Celebração

Acabou o momento de ficar feliz pelos outros, até pelo fato de decepções acontecerem... Mas preciso dizer que agora é hora de ficar feliz por mim, pelos meus resultados e por tudo aquilo que me dá prazer!

Eis que chega para mim um tempo de muito esforço e também celebração!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Happiness forever!!!!

Ontem já estava na cama quando fui surpreendida por um grito. Pelo horário, achei estranho, mas logo me tranqüilizei. A voz era de um velho amigo e, ao chegar na janela, vi que ele estava acompanhando de outra grande amiga, amiga em comum. Vesti uma roupa qualquer por cima de camisola e fui ao encontro dos dois.

Conversa vai, conversa vem... Lembrei dos velhos tempos, da época em que a cabeça estava mais fresca e o mundo parecia mais simples. Será pessimismo? Até que não, mas acho que o mais importante foi a alegria por ver se repetir um momento como vários que tivemos outrora.

Penso em viver. Viver mais e viver bem. Viver feliz. Tudo bem, há quem defenda a idéia de que a felicidade é feita de pequenos momentos, mas eu quero mesmo é que esses momentos perdurem. Happiness forever!!!!

domingo, 30 de agosto de 2009

Tente Outra Vez


Tente Outra Vez

Composição: Raul Seixas / Marcelo Motta / Paulo Coelho




Veja!

Não diga que a canção está perdida

Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida

Tente outra vez!...


Beba! (Beba!)

Pois a água viva ainda tá na fonte

(Tente outra vez!)

Você tem dois pés para cruzar a ponte

Nada acabou!

Não! Não! Não!...


Oh! Oh! Oh! Oh!

Tente!

Levante sua mão sedenta

E recomece a andar

Não pense que a cabeça agüenta se você parar


Não! Não! Não!Não! Não! Não!...
Há uma voz que canta

Uma voz que dança

Uma voz que gira(Gira!)

Bailando no ar


Uh! Uh! Uh!...
Queira! (Queira!)

Basta ser sincero e desejar profundo

Você será capaz de sacudir o mundo


Vai!

Tente outra vez!

Humrum!...

Tente! (Tente!)

E não diga que a vitória está perdida

Se é de batalhas que se vive a vida

Han!

Tente outra vez!...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Xô, amarras!

Chega de mundo ideal, chega de ser menina, de ser mimada. Pra frente é que se anda. Perfeccionismo. Ansiedade. Medo. Quero cuspir tudo isso que me amarra, que me faz enlouquecer. Não quero uma camisa-de-força. Pelo contrário, quero liberdade! Quero melhorar minha alma, meu caráter, meu ser. Eu preciso de evolução. Só que a evolução não é somente profissão e dinheiro. A evolução tem que ser interna, para depois ser externada através dos atos e das suas conseqüências.

Quero ser mulher, quero ser madura. Quero paz, quero viver! Quero ser feliz e enxergar o mundo com os olhos de verdade (e não só com o coração). Quero ser mais racional, eu preciso. Pois eu só sei que aqui dentro tem uma coisa me matando, um negativismo sem igual. Isso há de passar e logo. A vida urge e eu preciso ser feliz. Xô, amarras!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O que fazer quando o problema é a falta de coragem?

Imagem: Google


Escrever é pôr a alma no papel (ou em algum suporte eletrônico). Não digo escrever de forma estruturada como se seguíssemos fórmulas, receitas, como as do lead e da pirâmide invertida. Ultimamente preciso escrever para, depois, conseguir ler que os dias não são fáceis, a vida não é fácil, mas é preciso ter coragem de viver. Indo ao dicionário, vejo o grande poder dessa palavra: “1. força ou energia moral ante o perigo, 2. Intrepidez, ousadia”. Pois é exatamente dessa ousadia que preciso. Chega de ser a menina recatada, certinha, menina. É preciso entortar um pouco para poder compensar com outros acertos. Bom, eu sei é que agora viver é ter que deixar de ser criança. E essa é a minha bandeira agora.

Ontem à noite um amigo disse palavras que me fizeram acreditar na evolução, mas confesso. Confesso que a mudança ainda não foi suficiente. Lembrando das palavras de outro amigo, digo que tenho 28 anos, mas à vezes pareço ter 18. O problema de ter as ânsias, os medos e as limitações de que tem 18 anos ou menos é não ter coragem. Você pensa, você quer uma coisa, você luta, mas às vezes aquele lugar que você sonha alcançar não chega. Aí vem a ânsia novamente e a gente acaba perdido, sem acertar um passo sequer. E sem acertar por falta de coragem, muitas vezes... Falta de coragem de seguir sabendo que pode quebrar a cara. Isso me fez lembrar uma cena de ontem pela manhã. Eu completamente nervosa e cheia de caraminholas, a caminho do trabalho. Na hora de atravessar a rua fiz menção de ir e não fui. Do nada o colega ao meu lado soltou uma declaração que fez todo sentido para aquele momento. Ao ver o meu comportamento ao tentar atravessar a rua ele simplesmente disse: “a você só falta coragem. No dia que isso acontecer você vai embora”. E como aquilo caiu na hora certa...

Coragem, só agora consigo perceber a sua correlação com as coisas, com a vida. É que, só agora, começo a fazer a relação entre as coisas. O grande saque é que, sem a coragem necessária para viver, qualquer problema remete a uma letra de Raul Seixas (que essa semana completou 20 anos de morte) que diz “pare o mundo que eu quero descer”. Agora, me digam: descer para onde? Não quero descer, quero subir. Dizer que quero subir além das montanhas é romântico demais, então vamos deixar esse romantismo piegas de lado, pois não quero ser mais menina. Quero ter coragem, quero ser mulher no sentido mais literal da palavra: “pessoa adulta do sexo feminino”, como diz o dicionário.

Ahh!!! Essa mulher não pode deixar de dizer que morre de saudade de dois homens adultos e corajosos. Alex Mendes e Henrique Coelho, amo vocês!!!

Mas tem outro que está pertinho e que não pode ficar sem declaração de amor. Alex Rodrigues, te amo muito! Não sei o que seria de mim sem você. E vamos encerrando logo a postagem pro romantismo não seguir no sentido contrário!!!!!!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Socorro!!!




Depois de alguns VÁRIOS dias sem postar uma linha sequer, encarno Arnaldo Antunes.
Os interessados que leiam e conheçam o atual estado de espírito dessa criatura que chega cada vez mais perto dos 30... anos... faltam apenas 2...!

Socorro
Arnaldo Antunes
Composição: Arnaldo Antunes/Alice Ruiz

Socorro!Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...
Socorro!Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penasJá não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...
Socorro!Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...
Socorro!Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada...
Socorro!Não estou sentindo nada [nada]
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir...
Socorro!Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...
Socorro!Alguém me dê um coração
Que esse já não bate
Nem apanha
Por favor!Uma emoção pequena qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Jorge Amado em quadrinhos

Fonte: Jornal A Tarde Online
Ilustração: Spacca



Pode parecer estranho para alguns, mas s história do estivador Balduíno (do romance Jubiabá, de Jorge Amado) acaba de ser lançada em quadrinhos. Quem já leu o livro ou mesmo assistiu a peça teatral baseada na obra de Amado vai ficar curioso para ver a vida do personagem nas páginas do HQ "Jubiabá, de Jorge Amado" que acaba de ser lançado pelo selo da Cia das Letras.

Em matéria do Jornal A Tarde, o jornalista Chico Castro Júnior diz que "folheando suas páginas, é quase possível sentir o cheiro de maresia no cais do porto no qual Antônio Balduíno, o herói do romance, participa de uma greve". Bom, diante de tal sinestesia confesso que estou ansiosa para ter a publicação nas minhas mãos.

Os desenhos são do cartunista e ilustrador João Spacca de Oliveira.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A VIDA URGE!!!

Foto: Google Imagens

Vivo na busca (ilusória) pela felicidade plena. Mas o que é a felicidade senão cada momento em que se está em paz consigo mesmo e em harmonia com o outro e com o universo?

É, tenho aprendido a pensar mais no momento. Não que eu vá deixar o futuro de lado, mas se o futuro de hoje é presente de amanhã como será a vida pensando assim?

Agora eu percebo que mais um dos segredos desse mundão de meu Deus é planejar o futuro sem deixar de mergulhar nos prazeres do hoje.

Então, mais uma vez eu grito: VAMOS VIVER! EU PRECISO VIVER!

Estamos aí...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Não figurado

Foto by Caroline Paternostro


Depois de uma baita enxaqueca, me atrevo a escrever algumas linhas. Na verdade, a inspiração não veio da dor e sim do blog “Não figurado”, escrito por um grande jornalista baiano que hoje mora em Natal. Ele é ninguém menos que meu querido amigo Alex Mendes.

Tudo bem que ainda somos focas (leia-se jornalistas recém-formados) e ainda o seremos por um bom tempo, até que provemos o contrário, mas desde que ingressamos na faculdade, em 2004, Alex vem se revelando um grande escritor. Seus textos são sempre bem-humorados e constantemente ganham uma pitada sarcasmo. Geniais!

Sempre rio muito quando lembro das nossas matérias do tempo da FTC. Ele sempre mandava seus textos por e-mail para que eu revisasse. E eu me sentia uma revisora mesmo. Hahahaha! Tempos bons que não voltam mais...

Depois da formatura ele foi morar em Natal. Morri de saudade e em menos de três meses eu fui correndo atrás dele. Só que esse nosso último encontro já está perto de completar um ano. Ai, que saudade!

Bom, se vocês gostam de um bom texto, visitem o blog http://www.naofigurado.blogspot.com/.

Boa leitura!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Imagem: O pensador (Rodin)/ Fonte: Google Imagens


Não quero gastar os ouvidos de vocês (nesse caso os seus olhos) para dizer palavras de descontentamento, de desmotivação e talvez de tristeza. Nem quero a pena de nenhum de vocês. Só quero encontrar o meu caminho.

Essa confusão de idéias é o principal motivo de não ter escrito a vocês nos últimos dias. Mas nada como um dia após o outro. Logo a “febre” passa e a vida retorna aos trilhos, como um trem manejado por um experiente maquinista.

Olha, aí está a palavra-chave da vida: experiência. Só que não podemos alcançá-la sem ter vivido... Talvez esse racionío seja a resposta da charada que me foi lançada. Mas enquanto não a decifro totalmente, deixo os meus mais sinceros anseios de ter “dias melhores pra sempre”.

Então fiquem com a letra da música de Rogério Flausino, da banda mineira Jota Quest. Mas também digo que não devemos só esperar. Temos que lutar por dias melhores!


Dias Melhores
Jota Quest

Vivemos esperando dias melhores

Dias de paz, dias a mais

Dias que não deixaremos para trás

Oh! Oh! Oh! Oh!...

Vivemos esperando

O dia em queSeremos melhores

Melhores no amor

Melhores na dor

Melhores em tudo

Oh! Oh! Oh!...

Vivemos esperando

O dia em que seremos para sempre

Vivemos esperando

Oh! Oh! Oh!

Dias melhores pra sempre

Dias melhores pra sempre(Pra sempre!)...

Vivemos esperando dias melhores(Melhores! Melhores!)

Dias de paz

Dias a mais

Dias que não deixaremos para trás

Oh! Oh! Oh!...

Vivemos esperando o dia em que seremos melhores(Melhores! Melhores!)

Melhores no amor

Melhores na dor

Melhores em tudo

Oh! Oh! Oh!...

Vivemos esperando

O dia em que seremos para sempre

Vivemos esperando

Oh! Oh! Oh!...

Dias melhores pra sempre...

Pra sempre!Sempre! Sempre! Sempre!...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Permita-se

Foto: Google Imagens

Vocês vão dizer que as expressões que vou usar fazem parte do mais estrito senso comum, mas eu digo uma coisa: esse mundo é muito pequeno e ele dá voltas, muitas voltas.

Nada melhor do que o passar dos dias e dos anos para fazer essas constatações. Sem contar aquela sensação de “déjà vu”. Enfim, conversas fiadas à parte, a minha vida parece evoluir bastante, mas estou revivendo velhos e bons momentos... nada mais!

O meu conselho de hoje é PERMITA-SE.

PERMITA-SE E SEJA FELIZ!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Só na reflexão...


É, hoje é meio que dia de reflexão para mim, por isso só deixo a letra de uma música do meu querido Gilberto Gil.


Sabe, gente, é tanta coisa pra gente saber.
O que cantar, como andar, onde ir. O que dizer, o que calar, a quem querer.
Sabe, gente, é tanta coisa que eu fico sem jeito.
Sou eu sozinho e esse nó no peito, já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder.
Sabe, gente, eu sei que no fundo o problema é só da gente. É só do coração dizer não, quando a mente tenta nos levar pra casa do sofrer.
E quando escutar um samba-canção, assim como: "Eu preciso aprender a ser só", reagir e ouvir o coração responder:"Eu preciso aprender a só ser."
Sabe, gente, é tanta coisa pra gente saber. O que cantar, como andar, onde ir. O que dizer, o que calar, a quem querer.
Sabe, gente, é tanta coisa que eu fico sem jeito.
Sou eu sozinho e esse nó no peito, já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder.

Sabe, gente, é tanta coisa que eu nem quero saber...

domingo, 17 de maio de 2009

Histórias desse mundão de meu Deus


Pesquisadores e curiosos agora têm mais uma opção de pesquisa na Web. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) acaba de colocar no ar o site http://www.wdl.org/pt/#. Ao acessar esse endereço você navega pelas história e culturas mundiais. São fotos, ilustrações, livros e outros itens que levam informações sobre países de todos os continentes.

Ao todo, os internautas poderão esquisar 1.170 tópicos compreendidos entre o ano de 8000 a.C. e 2009 d.C., constituindo um arquivo de 10009 anos da humanidade.

Smurfs X Muro de Berlim

Foto e fonte de informações: BBC Brasil


Em tempos do aniversário de 20 anos da queda de Berlim, evento que simbolizou a reunificação da Alemanha e o final da Guerra Fria, o governo do país europeu resolveu promover um concurso entre artistas para eleger a maquete do que seria o “Monumento Nacional pela Liberdade e Unidade”. O que ninguém esperava era o resultado final: os organizadores da concorrência resolveram desfazê-la, alegando a insuficiência da qualidade das obras dos mais de 500 artistas que disputavam a honra de ser o criador de uma obra de arte de tamanha significância.

É, artista é artista, mas me responda uma coisa. Passa pela sua cabeça visitar a capital alemã e dar de cara com uma escultura como a que estamos vendo acima? Tudo bem que os Smurfs eram muito famosos na minha infância (mais ou menos na época em que a famosa muralha foi destruída – ainda lembro das imagens das pessoas arrancando pedaços do “paredão”), mas daí a simbolizar um ato histórico na forma de uma festa promovida pelos doendes azuis em comemoração a um momento que foi divisor de águas para o mundo atual, globalizado... Sem comentários.

Só uma curiosidade. Alguém consegue identificar o Papai Smurf ou a Smurfet? Hummm... Ela era loura, lembram? Será que era alemã?

sábado, 16 de maio de 2009

Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito

Foto: Google Imagens

Peço desculpas pelos três dias sem postar mensagens. Retomo o blog para falar da maior felicidade dessa semana: minha amiga Ana Paula Costa está em Salvador. Trabalhamos juntas durante seis anos, mas em 2003 ela foi morar em “London City”.

A saudade era grande e mal nos comunicávamos até que conseguir revê-la aqui em Salvador em 2006. Foram três maravilhosos encontros.

Essa semana tive a notícia de que ela já havia chegado á nossa terra de Todos os Santos. Bom, nos últimos anos a comunicação foi mais constante, mas não deu para segurar a emoção no nosso encontro de ontem. Foi um abraço tão bom, mas tão bom... quase chorei.

É inacreditável a emoção de rever alguém que fez parte da minha história e que, mesmo de longe, acompanha o meu progresso. Gente, é tão bom ter amigos, amigos de verdade!

Bonita, forte, determinada, batalhadora, culta... Nem sei mais o que dizer dessa amiga que foi uma das pessoas que, sem mais intenções, me fez despertar para o jornalismo.

Sempre sensata e boa ouvinte, quantas histórias da minha vida ela já ouviu? Não dá nem para contar, mas essas histórias compartilhadas, conselhos e risos foram (e ainda são) sempre muito bons.

Ana, Aninha, Limão, te adoro!!!!! É muito bom ter você por perto, mesmo que seja durante poucos dias!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Boa notícia para os pesquisadores em Jornalismo

Foto: Google Imagens

Se você é jornalista e se amarra na história da sua profissão, eis uma ótima oportunidade de mostrar sua paixão. A Folha de São Paulo vai financiar pesquisas na área de História do Jornalismo. Vale a pena ler a nota matéria a seguir. A fonte é o portal Comunique-se.


Folha lança concurso para bolsas
de estudo no valor de R$ 2,3 mil

Da Redação (Comunique-se)

A Folha de S. Paulo lançou um concurso para incentivar pesquisas acadêmicas sobre a história do jornalismo brasileiro. Três pesquisadores serão contemplados com uma bolsa mensal de R$ 2,3 mil por seis meses e o melhor trabalho será publicado em livro editado pela Publifolha. O autor do trabalho vencedor também ganhará um notebook.


Podem se inscrever no Folha Memória quem estiver concluindo ou que tenha concluído a graduação em qualquer universidade brasileira.


A inscrição deve ser feita pelo site até o dia 28/06. A seleção terá três fases. Na primeira, 30 trabalhos serão escolhidos e encaminhados para uma banca. Destes, três serão selecionados e receberão as bolsas. Seis meses depois, os trabalhos serão entregues e julgados por uma outra banca.

Crise financeira X publicidade

Foto: Google Imagens


Quando os rumores da atual crise financeira mundial se instalaram no Brasil todos falavam em recessão, em contenção de gastos. E em épocas como essa uma das primeiras coisas que empresários (sem visão de negócio) falam é no corte de verbas destinadas à comunicação (seja ela mercadológica ou institucional), especialmente publicidade. Mas os publicitários, que não são bobos nem nada, já chegam gritando:

- Calma, comunicação é investimento. Olha o posicionamento da marca, olha o diferencial da sua empresa!

Bom, concordando ou não com esses meus criativos colegas (não digo criativos restringindo-os à área de criação das agências de publicidade), temos que nos render aos resultados. Eis a prova dos nove: “Receitas com publicidade aumentam 5,9% em fevereiro no Brasil”. Isso é o que diz o Comunique-se, portal dos comunicólogos, com enfoque especial aos jornalistas. Segundo a reportagem, “o crescimento registrado em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2008, foi de 5,9%, alcançando R$ 1,34 bilhão”. Ulalá!!!! Nada mal, hein?!

Só uma curiosidade: segundo a notícia, “relativamente, a Internet foi o setor que mais cresceu em receita publicitária. Em comparação com fevereiro de 2008, o aumento foi de 39,4%, somando um total de R$ 52,8 milhões”.

Viva a comunicação e viva a tecnologia!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Viva a biblioteca mais antiga da América Latina

Foto: Jornal A Tarde (www.atarde.com.br)


A edição do jornal Correio dessa terça-feira (12) me fez recordar alguns bons momentos. É que hoje, 13 de maio, é aniversário da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (localizada nos Barris) e agora ela completa 198 anos com um grande presente do Ministério da Cultura. De acordo com a matéria, são R$ 1,2 milhão em verbas a serem investidas na nossa querida Biblioteca Central. O grande professor Bira Castro deve estar muito feliz por poder aplicar a cifra na modernização daquele espaço que é de todos nós, baianos que prezamos pela cultura.

Bom, quantias à parte, os únicos números que contarei agora são os anos que pude contar com a estrutura e os serviços oferecidos pela Biblioteca.

Lá se vai mais de uma década. E foi justamente em 1994, aos treze anos, que conheci esse lugar que ainda hoje me encanta. Eu cursava a sexta séria e foi para cumprir uma atividade passada pela professora Deusdedite - que lecionava a disciplina de Geografia no Colégio Estadual Otávio Mangabeira, onde estudei da quinta a oitava série – que eu, Danilo (Feijão), Kátia e Demétrius seguimos até a sede da biblioteca. Foi a primeira vez que visitei o centro da cidade sem meus pais. Tudo era novo e o caminho entre a Lapa e os Barris parecia nunca acabar. Foi-se aquele trabalho e depois de três anos eu passaria praticamente todas as manhãs naquele bairro, ao lado do grande prédio de cinco andares onde só se respirava cultura.

Entre 1997 e 1999 estudei no Colégio Estadual Senhor do Bonfim, ali bem do ladinho da Biblioteca Pública. Quantas vezes eu e minha amiga Andréa Freitas estivemos naquele lugar revestido de cultura em forma de jornais, revistas, livros e apresentações teatrais? Íamos lá para pesquisar, discutir trabalhos e até mesmo para jogar conversa fora no jardim daquele prédio que tem um formato peculiar: uma edificação praticamente quadrada, porém com uma grande área aberta ao centro.

Posso até dizer que essa construção se assemelha a um forte. Mas lá a função não era utilizar faróis para iluminar os navegantes que chegavam em embarcações, nem, muito menos, proteger o território baiano, brasileiro e por algum tempo português. O que sei é que aquele era um forte - ou uma força, impulso – que levava a luz às nossas mentes e nos defendia do mundo da ignorância, das trevas, da mediocridade.

E foi justamente para correr do mundo das trevas que estudei JORNALISMO. Nessa época (entrei na faculdade em 2004), o computador conectado à internet já era realidade no ambiente em que eu vivia, sem contar que a vida começava a ficar corrida demais. É, acredito que as bibliotecas (em especial a Biblioteca Central) passaram a sentir falta dos estudantes que, como eu, deixaram de frequentá-las para viajar pelo mundo interligado pelas fibras óticas.

Mas quem pensa que a história de hoje parou por aí está enganado. e que a Internet tomou conta de mim e de um certo Alex Mendes está enganado. Apaixonados pela história do mundo, da nossa terra e da nossa profissão, nos juntamos, sob orientação da queridíssima professora Sonia Serra (jornalista e pesquisadora, PhD em Comunicação pela Universidade de Londres) para enfrentar o desafio de encerrar o curso de Jornalismo defendendo uma monografia nos moldes da pesquisa em História do Jornalismo.

Estudamos o primeiro século da imprensa baiana (de 1811 a 1911). Nesse momento a famosa Biblioteca Pública do Estado da Bahia aparece mais uma fez para contribuir com a minha vida – agora nossas vidas, já que não era apenas o meu futuro que estava em jogo. Eu e Alex, não necessariamente juntos, passamos semanas debruçados sobre alguns livros e muitos jornais, isso porque o material microfilmado ainda é insuficiente para pesquisas mais extensas e também porque, na época (segundo semestre de 2007), os leitores de microfilmes estavam quebrados.

Trabalhávamos usando luvas e máscaras, mas, apesar do grande cuidado, alguns periódicos (inclusive uma série de exemplares com quase 200 anos) se desmanchavam nas nossas mãos enquanto cuidadosamente folheávamos as páginas daquelas valiosas fontes de informação. Isso nos doía o coração. E é justamente por isso que fico feliz com o presente que a nossa Biblioteca Central acaba de ganhar. Do fundo do meu coração, desejo que o investimento público garanta a perpetuação do grande e relevante acervo de periódicos raros, guardado com tanto carinho e perícia pelos bibliotecários desse órgão.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Escrever



Para mim a internet é assim: escrever e publicar. A característica de "descentralização do pólo emissor" de mensagens, facilita e muito a liberdade de expressão e a comunicação entre pessoas, mas é preciso saber o que, quando e como dizer o que se quer... Eis o segredo da palavra escrita! Os detentores dessa ciência são poucos, mas tento seguir seus rastros para, quem sabe um dia, ser merecedora dos ensinamentos, dos conhecimetos que rondam esse mundo de limites ainda desconhecidos!